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Senado Federal

Zequinha defende CPI para investigar manipulação de jogos online

Em pronunciamento no Plenário nessa terça-feira (29), o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) alertou sobre os problemas sociais causados por sites...

30/10/2024 11h25
Por: Redação RIMSnews
Fonte: Agência Senado
 - Foto: Pedro França/Agência Senado
- Foto: Pedro França/Agência Senado

Em pronunciamento no Plenário nessa terça-feira (29), o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) alertou sobre os problemas sociais causados por sites de apostas e declarou apoio à criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a manipulação de jogos e apostas esportivas. Ele ressaltou que grande parte dos valores gastos com jogos vem de beneficiários do Programa Bolsa Família, que transferiram R$ 3 bilhões para empresas de apostas neste ano.

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— A gente não pode fechar os olhos para um campo que está completamente minado de problemas e dificuldades, envolvendo gente de todas as classes sociais, principalmente famílias carentes que veem nas bets, no jogo, na aposta uma oportunidade para ganhar dinheiro, o que não ocorre. Pelo contrário, estão perdendo dinheiro. Essa CPI é muito importante para investigar a crescente influência dos jogos virtuais de apostas online no orçamento das famílias brasileiras, além da possível associação com organizações criminosas envolvidas em práticas de lavagem de dinheiro, bem como o uso de influenciadores digitais na promoção e divulgação dessas atividades — disse.

O senador defendeu medidas para combater a influência das bets e criticou também o debate sobre a legalização de cassinos, argumentando que os custos sociais do vício superam os benefícios econômicos.

— Se os cassinos já apresentavam um risco às famílias brasileiras, piores são as bets, que hoje estão nas mãos dos brasileiros. Lamentavelmente, esse problema do vício está tomando proporção de uma verdadeira epidemia. O Brasil já lidera o ranking mundial ou global de visitas a sites de apostas. O mercado local é estimado entre R$ 100 bilhões e R$ 130 bilhões por ano, o que convence novas empresas predadoras a investirem no endividamento de nossas famílias — alertou.

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