A Marcha para Jesus, um evento originalmente concebido para louvar a Deus e exaltar o nome de Jesus Cristo, tem se transformado ao longo dos anos em algo muito diferente do que deveria ser. No aniversário da cidade de Campo Grande, o Conselho de Pastores organiza anualmente a Marcha para Jesus, um evento que, em sua essência, deveria ser um momento de adoração e oração pela cidade, seus governantes e suas autoridades.
A marcha era planejada para passar pela governadoria, pela Assembleia Legislativa e pela Prefeitura, com o objetivo de orar pelos líderes e pelo bem da cidade. No entanto, o que se vê hoje é uma distorção desse propósito. O evento, que deveria ser um momento de comunhão e adoração, tem sido cada vez mais apropriado por interesses políticos, tornando-se um verdadeiro palanque para discursos eleitoreiros.
Ano após ano, principalmente em períodos eleitorais, o final da marcha é marcado por discursos de autoridades políticas, transformando o evento em uma vitrine para candidatos que buscam o apoio do público cristão. O Conselho de Pastores, que deveria zelar pela integridade do evento, muitas vezes acaba declarando apoio a determinados candidatos, utilizando a fé das pessoas como ferramenta política.
Essa apropriação é inadmissível. Usar a fé e a devoção de milhares de cristãos para fins políticos é uma afronta ao verdadeiro propósito da marcha e à mensagem de Jesus Cristo. Cristo não se deixou ser manipulado por interesses políticos; Ele denunciou a hipocrisia e os interesses ocultos daqueles que usavam a religião para se promover. A marcha deveria seguir esse exemplo, mantendo seu foco na espiritualidade e na comunhão, sem se deixar corromper pelo jogo político.
Transformar um evento religioso em palanque político não só desvirtua o propósito original da marcha, como também enfraquece a mensagem de amor, fé e esperança que deveria ser transmitida. É essencial que aqueles que organizam e participam da Marcha para Jesus reflitam sobre o verdadeiro significado do evento e se lembrem de que Jesus jamais compactuaria com esse tipo de manipulação.
O cristianismo deve ser um reflexo do amor e da verdade de Cristo, e não uma ferramenta nas mãos de quem busca poder. A fé é sagrada e deve ser respeitada como tal. É hora de resgatar a verdadeira essência da Marcha para Jesus, longe dos interesses políticos e centrada unicamente em Jesus Cristo.
Sensação
Vento
Umidade